Recentemente, três pastores perseguidos completaram 20 anos de prisão na Eritreia, segundo a Global Christian Relief, organização que apoia cristãos perseguidos no mundo.
Haile Nayzgi, Kiflu Gebremeskel e Meron Gebreselásie estão presos mesmo sem nunca terem sido acusados formalmente de um crime e a quem foram negados apoio jurídico e um julgamento.
Os líderes estão entre as centenas de cristãos detidos injustamente por sua fé no país da África Oriental, que ocupa a 4ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas.
Com 5,6 milhões de habitantes, a Eritreia possui 1,8 milhão de cristãos. Somente as igrejas Ortodoxa Eritreia, Católica Romana e Luterana podem funcionar no país. Cidadãos que frequentam outras denominações correm o risco de serem presos, sob forte vigilância do governo.
Os cristãos detidos enfrentam condições terríveis na prisão, incluindo tortura e abuso sexual, conforme a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF).
Muitos são mantidos em contêineres, que são deixados na selva, com os prisioneiros enfrentando calor extremo durante o dia e baixas temperaturas à noite.
"É inconcebível que esses [pastores] permaneçam presos em condições horríveis", afirmou o comissário da USCIRF, Frank Wolf.
"Outros líderes da igreja eritreia não devem sofrer o mesmo destino. A segurança e o bem-estar dos prisioneiros de consciência religiosos precisam ser uma prioridade para a comunidade internacional".
Sacrificando-se por Cristo
O missionário Todd Nettleton, apresentador da rádio Voz dos Mártires nos EUA, conheceu dois dos pastores presos: Kiflu Gebremeskel e Haile Nayzgi.
“São semanas longe de suas famílias. As crianças que eram muito pequenas quando os pais foram presos agora estão formadas na faculdade. Quantos marcos familiares esses dois cristãos perderam?”, comentou Todd.
“Como pai e avô, eu choro ao pensar em todos os momentos significativos que eles sacrificaram por causa de Cristo e de seu reino. Se você é cristão, peço para que ore por eles”, acrescentou.
Perseguição na Eritreia
A USCIRF classificou a Eritreia como um país de particular preocupação "por ter se envolvido ou tolerado violações particularmente graves da liberdade religiosa" desde 2004.
"A Eritreia é como uma prisão gigante. O país está cheio de cadeias. É como a Coreia do Norte”, disse Berhane Asmelash, um pastor eritreu, à Global Christian Relief.
Apesar da forte perseguição que enfrentam, os crentes eritreus permanecem firmes na fé. "Nada nos vem sem a vontade de Deus. Através da perseguição a igreja cresce", declarou um pastor local, não identificado.
Publicada por: RBSYS
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